quarta-feira, 24 de setembro de 2008

18º Encontro, 04 de setembro

Planejamento do Encontro:
ALFABETIZAÇÃO e LINGUAGEM – MÓDULO 2
18º Planejamento – 04 de setembro

FORMAÇÃO CONTINUADA

A literatura traz respostas às inquietações mais recônditas.
Lucília Garcez

OBJETIVOS DO ENCONTRO
§ Participar de encontro e bate-papo com escritores.
§ Discutir como incentivar os alunos para a leitura e a leitura por prazer.

PROGRAMAÇÃO

1. LEITURA COMPARTILHADA
* Conversa com o escritor João Bosco, às 10h no stand da Distribuidora Arco-Íris.
* Conversa com Lucília Garcez, às 14h30 no stand da Distribuidora Arco-Íris.

2. SOCIALIZAÇÃO
* Experiências do ato de ler e de escrever relatada pelos escritores João Bosco e Lucília Garcez.

3. REDE DE EXPERIÊNCIAS
* Leitura, fonte de prazer.

4. APROFUNDAMENTO
· Livros do escritor João Bosco como Romance do vaqueiro voador, Era uma vez uma Maria farinha, Uma traça de casaca na casa de Ruy Barbosa e O jipe cangaceiro na Chapada dos Veadeiros.
· Ler = Muito prazer - Orientações para o trabalho com a formação de leitores e com a literatura infanto-juvenil. Lucília Helena do Carmo Garcez. Brasília: Conhecimento Editora: 2008.

5. AVALIAÇÃO
Escrever suas impressões sobre a 27ª Feira do Livro de Brasília.

6. Trabalho Pessoal – A ser desenvolvido para o Portfólio
Você proporciona a seus alunos experiências significativas de leitura crítica? Em suas aulas permite a leitura por prazer? Exemplifique.

7. Para Saber Mais...
FREITAS, Maria T.; COSTA, Sérgio Roberto (orgs.) Leitura e escrita de Adolescentes na internet e na escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. Analisa os desafios colocados à leitura e escrita, provocados pelas transformações nos modos de produção do conhecimento, e desencadeados pelos usos das novas tecnologias da informação no mundo contemporâneo. Compreende experiências de leitura e escrita de jovens, mediadas pela Internet.

GALVÃO, Ana M. Cordel, leitores e ouvintes. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. Analisa leitores de literatura e cordel no período entre 1930 e 1950. A obra permite relacionar práticas que se desenvolveram no Brasil em meados do século XX com aquelas, muito mais antigas, que caracterizaram o primeiro grande movimento de alfabetização e de catequização promovido pelos religiosos. Permite também aos leitores compreender por que os objetos de cordel podem ser um suporte essencial das práticas culturais e da circulação das informações escritas nos grupos sociais não letrados, dando uma contribuição fundamental a uma história da leitura das camadas populares do Brasil, além de mostrar como se pode reconstruir leituras do passado, modos de ler, formas de acesso ao escrito e de atribuição de sentido a textos. O livro traz, ao final, ilustrações de várias capas e recortes de livros que também contam a história da literatura de cordel no país.

MARCUSHI, Luiz A.; XAVIER, Antonio C. (Orgs.) Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004. Aborda e discute as principais modificações promovidas nas atividades lingüístico-cognitivas dos usuários, a partir das inovações tecnológicas e de como essas mudanças afetam o processo ensino/aprendizagem da língua na escola e fora dela. Trabalha conceitos de hipertexto, gêneros eletrônicos, discurso, leitura e ensino a distânciamediadospelocomputador.

PORTELA, Eduardo (org). Reflexões sobre os caminhos do livro. São Paulo: Unesco/Moderna, 2003. Apresenta a discussão sobre o futuro do livro na Sociedade pós-moderna. Traz diferentes perspectivas sobre o lugar do livro no mundo, o papel do livro nas diferentes culturas. Discute o destino do livro diante da Internet.

SILVA, Ezequiel T. (coord). A leitura nos oceanos da Iinternet. São Paulo: Cortez, 2003. Aborda a formação pela escola do leitor do texto eletrônico, as características inerentes aos suportes que produzem e fazem circular esse texto (Internet e computador) e as formas de estruturação ou configuração dos textos digitais nas suas relações com os comportamentos doleitor.

ZILBERMAN, Regina. Fim do Livro, fim dos leitores? São Paulo: Senac, 2000. A autora tece considerações acerca da leitura e do livro. Relembrando a relação do leitor com a escrita, desde o pergaminho até o e-book, discute o destino do livro.

8. Registro Reflexivo
Escrever sobre sua(s) experiência com a leitura ou com o ensino da leitura (pode ser feito um Memorial de Leitura, incluindo o(s) primeiro(s) contato(s) com a palavra impressa e seu caminhar no mundo das letras ou o relato de alguma experiência bem sucedida com alunos envolvendo a leitura).

27ª Feira do Livro de Brasília: Palavras que mudam o mundo
Autor Homenageado Thiago de Mello - 29/08 a 07/09

Poema:
Canção para os Fonemas da Alegria

Peço licença para algumas coisas.
Primeiramente para desfraldar
este canto de amor publicamente.

Sucede que só sei dizer amor
quando reparto o ramo azul de estrelas
que em meu peito floresce de menino.

Peço licença para soletrar,
no alfabeto do sol pernambucano
a palavra ti-jo-lo, por exemplo,

e poder ver que dentro dela vivem
paredes, aconchegos e janelas,
e descobrir que todos os fonemas

são mágicos sinais que vão se abrindo
constelação de girassóis gerando
em círculos de amor que de repente
estalam como flor no chão da casa.

Às vezes nem há casas: é só o chão.
mas sobre o chão quem reina agora é um
homem
diferente, que acaba de nascer:

porque unindo pedaços de palavras
aos poucos vai unindo argila e orvalho,
tristeza e pão, cambão e beijo-flor,

e acaba por unir a própria vida
no seu peito partida e repartida
quando afinal descobre num clarão

que o mundo é seu também, que o seu
trabalho
não é a pena paga por ser homem,
mas o modo de amar e de ajudar

o mundo a ser melhor. Peço licença
para avisar que, ao gosto de Jesus,
este homem renascido é um homem novo:

ele atravessa os campos espalhando
a boa-nova, e chama os companheiros
a pelejar no limpo, fronte a fronte

contra o bicho de quatrocentos anos,
mas cujo fel espesso não resiste
a quarenta horas de total ternura.

Peço licença para terminar
soletrando a canção de rebeldia
Que existe nos fonemas da alegria;

Canção de amor geral que eu vi crescer
Nos olhos do homem que aprendeu a ler.

Thiago de Mello

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