domingo, 31 de agosto de 2008

Futuro da Educação com as TICs

Seminário Internacional de Educação a Distância - Câmara dos Deputados - Professor João Vianney - 16/06/2008

Cenario Brasileiro Da Ead
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15º Encontro, 07 de agosto

Planejamento do Encontro:
ALFABETIZAÇÃO e LINGUAGEM – MÓDULO 2
15º Planejamento – 07 de agosto

FORMAÇÃO CONTINUADA

(...) a leitura de um texto exige muito mais que o simples conhecimento lingüístico compartilhado pelos interlocutores: o leitor é, necessariamente, levado a mobilizar uma série de estratégias tanto de ordem lingüística como de ordem cognitivo-discursiva, com o fim de levantar hipóteses, validar ou não as hipóteses formuladas, preencher as lacunas que o texto apresenta, enfim participar, de forma ativa, da construção do sentido.
Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias

OBJETIVOS DO ENCONTRO:
* Identificar as características dos gêneros, tipos e suportes textuais.
* Gêneros textuais emergentes com o advento da informática e da internet. .
* Refletir sobre a história da Língua Portuguesa.

PROGRAMAÇÃO

1. LEITURA COMPARTILHADA
* “O menino que carregava água na peneira” do livro Exercícios de ser criança de Manoel de Barros – Edição Especial, 1999. Ed. Salamandra.
* texto: (contribuição do professor Ari – matutino)

2. SOCIALIZAÇÃO
Discussão sobre o conteúdo do fascículo 2 e o filme “Narradores de Javé”.

3. REDE DE EXPERIÊNCIAS
Gêneros textuais emergentes com o advento da informática e da internet.

4. APROFUNDAMENTO
Leitura dos textos do livro Ler e Compreender: os sentidos do texto, páginas 20 a 26.

5. AVALIAÇÃO
Avaliação processual – formulário EAPE

6. Trabalho Pessoal – A ser desenvolvido para o Portfólio
Qual a relevância do estudo da história da Língua Portuguesa para o seu trabalho cotidiano?

7.Para Saber Mais...
* Ler e compreender os sentidos do texto. Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias. São Paulo: Contexto, 2007.
* Blogs e as práticas de escrita sobre si na internet – Fabiana Komesu (texto enviado por e-mail).
* Gêneros textuais emergente no contexto da tecnologia digital – Luiz Antonio Marcuschi. (texto enviado por e-mail)
* Revista FAEEBA (exemplar enviado por e-mail)
* SIGET II Questões de metodologia em análise de gêneros – Désirée Motta-Roth (UFSM) (texto enviado por e-mail)

8.Registro Reflexivo
Escrever sobre suas impressões do encontro e/ou sobre o(s) tema(s) em estudo.

Textos:





14º Encontro, 31 de julho

Retorno do Recesso:
Entrega de caneta e pasta contendo: texto Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças, de Maria Teresa Egler Montoan e Revista Páginas Abertas - cortesas da Editora Paulus por meio da Divulgadora da Paulus em Brasília Denise Timm:

Leitura Compartilhada:

Planejamento do Encontro:
ALFABETIZAÇÃO e LINGUAGEM – MÓDULO 2
14º Planejamento – 31 de julho

FORMAÇÃO CONTINUADA
A língua portuguesa pode ser instrumento de consciência crítica? Paulo Freire dizia que a consciência crítica é um “pensar que percebe a realidade como processo, que a capta em constante devenir e não como algo estático”. Isto é possível porque a língua é mais do que mero instrumento de comunicação. Ela reflete a maneira pela qual o homem se relaciona no e com o mundo.
Zilda Laura Ramalho Paiva e Maria Helena Ançã

OBJETIVOS DO ENCONTRO:
* Leitura do fascículo 2;
* Identificar as características de gênero e de tipos textuais.
* Refletir sobre eventos de oralidade e escrita, os gêneros e tipos textuais presentes no filme “Narradores de Javé”.

PROGRAMAÇÃO
1. LEITURA COMPARTILHADA
* música: Within Attraction – DVD Yanni Live at the Acropolis (diferentes X harmonia).
* texto: Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças – Maria Teresa Eglér Montoan – Revista Nova Escola, Editora Abril, edição 182.
* Revista Páginas Abertas nº 33, 2008 – Editora Paulus.

2. SOCIALIZAÇÃO
* Reorientação dos grupos e das atividades para os próximos encontros.
* filme: Narradores de Javé

3. REDE DE EXPERIÊNCIAS
* Assistir o filme Narradores de Javé observando os eventos de oralidade e de escrita que aparecem no filme; discutir como a escrita e a leitura permeiam a vida dos personagens e quais os gêneros e tipos textuais que aparecem no filme.

4. APROFUNDAMENTO
· Produção textual, análise de gêneros e compreensão, Luiz Antônio Marcuschi.
· Enunciação e ensino: a prática de análise lingüística na sala de aula a favor do desenvolvimento da competência discursiva, Tanara Zingano Kuhn e Valdir do Nascimento Flores
5. AVALIAÇÃO
Avalio que...
6. Trabalho Pessoal – A ser desenvolvido para o Portfólio
Como você vê os eventos de oralidade e escrita que aparecem no filme “Narradores de Javé”? Como a escrita e a leitura afetam os personagens do filme? Quais gêneros e tipos textuais aparecem no filme?
7. Para Saber Mais...
* Produção textual, análise de gêneros e compreensão, Luiz Antônio Marcuschi. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
* A coerência textual, Ingedore Villaça Koch e Luiz Carlos Travaglia. São Paulo: Contexto, 2003. * Ler e compreender os sentidos do texto, Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias. São Paulo: Contexto, 2007.

8. Registro Reflexivo
Escrever as impressões pessoais sobre o encontro e/ou sobre o(s) tema(s) em estudo.

domingo, 24 de agosto de 2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

13º Encontro, 03 de julho

Planejamento do Encontro:
ALFABETIZAÇÃO e LINGUAGEM – MÓDULO 2
13º Planejamento – 03 de julho

FORMAÇÃO CONTINUADA

“As palavras e a imaginação na tessitura do escrever se fortalecem
e entrelaçam na medida em que eu, escritor de mim mesmo,
abro concessões, comparo, concluo, explico, alterno, adiciono, retifico, finalizo.
São os “es”, os “mas”, “entretantos”, “todavias”,
“contudos” que desenham, delineiam e contornam a nossa história,
dando sentido e colorindo as palavras no texto. Essa brincadeira de tecer
e alinhavar palavras nos envolve naquilo que os poetas chamam
de “encontro textual”. As palavras são soltas, fugazes e só tomam vida
e significado quando se embrenham em nossa vida e fazem de nós sua morada.”

Professora Eliana Sarreta


OBJETIVOS DO ENCONTRO:
Refletir sobre os encontros e desencontros do “fazer textual”.

PROGRAMAÇÃO

1. LEITURA COMPARTILHADA
* Texto: Ponta da Língua – http://www.novaescola.org.br/
* Texto: Beijos não são contratos. William Shakespeare. Contribuição da colega Mônica – matutino.

2. SOCIALIZAÇÃO
* Síntese do encontro anterior.
* Sacola da leitura – sacola com títulos variados referentes ao curso para empréstimo e leitura.

3. REDE DE EXPERIÊNCIAS
· Atividade “palavras soltas”;
· Turma dividida em dois grupos, cada grupo recebe palavras previamente selecionadas (amor, amizade, tristeza, alegria, saudade, paixão, desilusão, ilusão, afeto, perdão, desafeto, carinho)
· Os grupos tecem um texto com as palavras distribuídas;
· O poder das palavras:
- Quais são seus pares?
- Onde elas se encaixam?
- Em que momentos?
- Quando trazem tristeza? Quando deixam alegria...
· Apresentação da produção de cada grupo, comentários.

4. APROFUNDAMENTO
· Texto: Ao sono – Parte 1 e 2
· Enunciação e ensino: a prática de análise lingüística na sala de aula a favor do desenvolvimento da competência discursiva, Tanara Zingano Kuhn e Valdir do Nascimento Flores

5. AVALIAÇÃO
Avalio que...

6. Trabalho Pessoal – A ser desenvolvido para o Portfólio
· Quais ingredientes fazem parte de uma boa história?

7. Para Saber Mais...
* A sedução da palavra, Afonso Romano Sant’Anna.
* Livro de Receitas do Professor de Português – atividades para sala de aula. Carla Viana Coscarelli.
* Enunciação e ensino: a prática de análise lingüística na sala de aula a favor do desenvolvimento da competência discursiva, Tanara Zingano Kuhn (PPG-Letras da UFRGS) e Valdir do Nascimento Flores (Doutor em Lingüística Aplicada, Professor do Instituto de letras da UFRGS) – Letras de Hoje, Porto Alegre, v.43, n.1, p.69-76, jan./mar.2008 (texto enviado por e-mail)

8. Registro Reflexivo
Escrever sobre o encontro.

Leitura Compartilhada:

II Fórum, 01 de junho

II Fórum: Heranças da Leitura

Maria Antonieta e Leo Cunha

12º Encontro, 26 de junho

O vôo da Asa Branca



A volta da Asa Branca



Planejamento do Encontro:
ALFABETIZAÇÃO e LINGUAGEM – MÓDULO 2
12º Planejamento – 26 de junho

FORMAÇÃO CONTINUADA

"Todas as lindas flores e os suculentos frutos do futuro
dependem das sementes plantadas hoje."
Provérbio Chinês

OBJETIVOS DO ENCONTRO:
* Refletir sobre a difícil transição da cultura de oralidade para a cultura de transição;
* A lingüística e o ensino da língua portuguesa;
* Avaliação, construção do portfólio e organização do trabalho pedagógico.

PROGRAMAÇÃO

1. LEITURA COMPARTILHADA
O sotaque das mineiras.

2. SOCIALIZAÇÃO
Síntese do encontro anterior.

3. REDE DE EXPERIÊNCIAS
Construção do portfólio e o ato de escrever.

4. APROFUNDAMENTO
* Slides: Avaliação e organização do trabalho pedagógico – Portfólio – Prof.ª Márcia (enviado por e-mail)
* Slides: Avaliação e aprendizagem – Prof.ª Susley (enviado por e-mail)
* Da cultura da oralidade para a cultura letrada: a difícil transição – Stella Maris Bortoni-Ricardo
* O vôo da Asa Branca: uma reflexão sobre a Lingüística e o Ensino de Língua Portuguesa – Dioney Moreira Gomes - disponível em http://www.ftb.br/escritosterra/artigos.htm acesso em 10/01/2008.
* Artigo de Marcos Bagno publicado na revista Presença Pedagógica em setembro de 2006.

5. AVALIAÇÃO
Avalio que...
6. Trabalho Pessoal – A ser desenvolvido para o Portfólio
O que você acha de ensinar a Língua Portuguesa padrão como segunda língua? Que estratégias você sugere para o ensino da Língua Portuguesa padrão como segunda língua?
7. Para Saber Mais...
* VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2004.
* BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação lingüística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
* BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Nós cheguemu na escola, e agora? Sociolingüística na sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
* BORTONE, Marcia Elizabeth. A construção da leitura e da escrita: d0 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
* Pró-letramento: Alfabetização e Linguagem. Secretaria de Educação Básica – Brasília: Ministério da Educação, 2007.
* Prática de Leitura e Escrita/ Maria Angélica Freire de Carvalho, Rosa Helena Mendonça (orgs.).Brasília: Ministério da Educação, 2006.

8. Registro Reflexivo
Escrever sobre o encontro.

Leitura Compartilhada:
O SOTAQUE DAS MINEIRAS

O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar... Afinal, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar, sensual e lindo das moças de Minas ficou de fora? Porque, Deus, que sotaque! Mineira devia nascer com tarja preta avisando: 'ouvi-la faz mal à saúde'. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: 'só isso?'. Assino, achando que ela me faz um favor.Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma. Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque.Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho. Não dizem: pode parar, dizem: 'pó parar' Não dizem: onde eu estou?, dizem: 'onde queu tô.' Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem - lingüisticamente falando - apenas de uais, trens e sôs.Digo-lhes que não. Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço. Pouco importa que seja um juiz, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô. Se der no couro - metaforicamente falando, claro - ele é bom de serviço. Faz sentido...Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: 'cê tá boa?' Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário...Há outras. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada. Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: - Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc)O verbo 'mexer', para os mineiros, tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada. Você não dá conta. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz: '- Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô.'Esse 'aqui' é outra delícia que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer 'olá, me escutem, por favor'. É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.Mineiras não dizem 'apaixonado por'. Dizem, sabe-se lá por que,'apaixonado com'.Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: 'Ah, eu apaixonei com ele...'Ou: 'sou doida com ele' (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro).Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, comtodo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas.Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer: - 'Eu preciso de ir.'Onde os mineiros arrumaram esse 'de', aí no meio, é uma boa pergunta... Só não me perguntem! Mas que ele existe, existe. Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório.No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um tanto de coisa. O supermercado não estará lotado, ele terá um tanto de gente. Se a fila do caixa não anda, é porque está agarrando lá na frente. Entendeu? Agarrar é agarrar, ora!Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena,suspirará:'- Ai, gente, que dó.'É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras... Não vem caçar confusão pro meu lado! Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro 'caça confusão'. Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele 'vive caçando confusão'.Ah, e tem o 'Capaz...'Se você propõe algo a uma mineira, ela diz: 'capaz' !!! Vocês já ouviram esse 'capaz'?É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer 'ce acha que eu faço isso'!? com algumas toneladas deironia.. Se você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: 'ô dó dôcê'. Entendeu? Não? Deixa para lá. É parecido com o 'nem...' . Já ouviu o 'nem...'?Completo ele fica: '- Ah, nem...' O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciounão fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum. Você diz: 'Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?'.Resposta: 'nem...'Ainda não entendeu? Uai, nem é nem. Leitor, você é meio burrinho ou é impressão?Preciso confessar algo: minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras. Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão.Se você, em conversa, falar: 'Ah, fui lá comprar umas coisas...'...- Que' s coisa? - ela retrucará.O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o 'que'!Ouvi de uma menina culta um 'pelas metade', no lugar de 'pela metade'.E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará:- Ele pôs a culpa 'ni mim'.A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas... Ontem, uma senhora docemente me consolou: 'preocupa não, bobo!'.E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras. nem se espantam. Talvez se espantassem se ouvissem um: 'não se preocupe', ou algo assim.Fórmula mineira é sintética. e diz tudo.Até o tchau, em Minas, é personalizado. Ninguém diz tchau, pura e simplesmente. Aqui se diz: 'tchau pro cê', 'tchau pro cês'.É útil deixar claro o destinatário do tchau...
A escrita...
A escrita é uma prática e não dádiva. Quanto mais você se dispõe a exercitá-la mais hábil se torna.
Não permita que o desânimo atrapalhe seu crescimento, pois sempre há algo a aprender quando praticamos a escrita. Quando se escreve se aprende não somente sobre a língua, aprende-se muito sobre si mesmo e sobre o mundo.
Assim, como diz o português João Norte...
Escrever por escrever pode parecer uma ilusão, uma perda de tempo, consumo de energia, desperdício de imaginação.
Pode parecer discussão sem adversário, conversa sem assunto, sexo sem parceiro, que são só palavras, palavras perdidas, falar de loucos.
Mas, não é.
Escrever é um exercício gratificante, sinal de vitalidade.
A procura das palavras, do sentido das palavras e do que se escreve, a harmonia do texto é um exercício de construção, de escultor que modela a peça, de pintor que se matiza nas cores.
Escrever é o jorrar de uma energia que não pode ser contida.
Quem escreve vira-se do avesso, exterioriza o que lhe vai na alma, na memória, nos sentidos. Coloca na escrita, ainda que não pareça nem ele tenha disso consciência, pedaços de si próprio, partículas do seu eu que, ao longo da vida, foi construindo.
Cada frase é parte do seu todo, cada letra é uma gota do sangue que lhe corre nas veias.
Escrever como simples exercício pode ser interessante, bonito estimulante pela capacidade de escolher as palavras, organizá-las numa frase, dar-lhe sentido, estabelecer as suas relações, aplicar o adjetivo que melhor caracteriza o sujeito, utilizar o verbo que melhor descreve a ação, dar cor ao texto, dar-lhe som, musicalidade, imprimir-lhe convicção, apelo ou imposição, ordem ou súplica, blasfêmia ou oração.
Cada texto é um grito, uma ruptura com a solidão, uma brecha na muralha que a vida construiu à nossa volta.
É um brado de liberdade, liberdade de fazer o que não lhe pedem nem lhe mandam fazer.
Pode não atrair muitos leitores, pode não agradar a parte deles, mas é obra, é criação.
Cada um de nós é feio ou bonito, mas todos somos gente! Gente que pensa, que sente, que vive!
Ainda ninguém deixou de fazer um filho por pensar que pode sair feio, ou deixou?!Escrever por escrever é melhor do que não escrever!
Prof. Susley.

Nada na Língua é por Acaso






11º Encontro, 19 de junho

Planejamento do Encontro:
ALFABETIZAÇÃO e LINGUAGEM – MÓDULO 2
11º Planejamento – 19 de junho

FORMAÇÃO CONTINUADA

"A auto-avaliação, a reflexão e a oportunidade de o aluno
revelar o processo pelo qual o trabalho é expresso no
portfólio constituem a centralidade do portfólio."

Klenowski

OBJETIVOS DO ENCONTRO:
Refletir sobre a avaliação, a construção do portfólio e suas implicações na organização do trabalho pedagógico.

PROGRAMAÇÃO

1. LEITURA COMPARTILHADA
Gente que mora dentro da gente. Jonas Ribeiro

2. SOCIALIZAÇÃO
Rememorar encontros anteriores - de 08/05 a 12/06.

3. REDE DE EXPERIÊNCIAS
Ditado de figuras

4. APROFUNDAMENTO
· Slides: Avaliação e organização do trabalho pedagógico – Portfólio
· Capítulo 2 – Situando o portfólio, livro: Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico –Benigna Maria de Freitas Villas Boas, 2004.

5. AVALIAÇÃO
O que eu gostei?
O que eu critico?
O que eu sugiro?

5. Trabalho Pessoal – A ser desenvolvido para o Portfólio
Quais as vantagens e desvantagens de trabalhar com portfólio? Que estratégias você precisa adotar para realizar um trabalho com portfólio

6. Para Saber Mais...
# VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2004.
# SHORES, Elizabeth e GRACE, Caty. Manual de Portfólio: um guia passo a passo para o professor. Tradução Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2001.

7. Registro Reflexivo
Escrever sobre o encontro.

Ditado de figuras geométricas:

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Décimo Encontro, 12 de junho

Oficina: Leitura: Dialogismo e Horizonte de Experiências - 2ª parte:
Professora Sônia Soares

Encontro realizado na Oficina Pedagógica do Gama com
os cursistas da Arte de contar histórias e Alfabetização e Linguagem - Módulo II

Baú de poesias:



Fotos:





Planejamento do Encontro:
ALFABETIZAÇÃO e LINGUAGEM – MÓDULO 2
10º Planejamento – 12 de junho

FORMAÇÃO CONTINUADA

"Para ver muito
Há que aprender
Perder-se de vista."
Nietzsche

OBJETIVOS DO ENCONTRO:
Refletir sobre o universo discursivo, a interação criativa entre o leitor, a palavra e o mundo.

PROGRAMAÇÃO

1. LEITURA COMPARTILHADA
De ponta em ponto – costura pronta. Ana Lúcia Pimentel

2. SOCIALIZAÇÃO
Rememorar o encontro do dia 15 de maio.

3. REDE DE EXPERIÊNCIAS
Dialógica frente à pintura de girassóis de Monet (1881) e de Van Gogh (1889).

4. APROFUNDAMENTO
· Estratégias de leituras: plano de expressão e plano do conteúdo
· Sistemas semióticos
· Linhas de leitura
· Abordagem intersemiótica
· Análise de livro: projeto gráfico e ilustrações, material empregado, linguagem, elementos co-textuais e contextuais, abordagem: literária, existencial, sociológica, filosófica, intertextual etc.

5. AVALIAÇÃO
O que eu gostei?
O que eu critico?
O que eu sugiro?

6. Trabalho Pessoal – A ser desenvolvido para o Portfólio
Após análise de livro aplicando a abordagem intersemiótica, o que mudou na sua leitura? /O que você, enquanto leitor, poderia fazer para ampliar seu dialogismo?

7. Para Saber Mais...
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
CHEVALIER, Jean. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1997.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura infantil – teoria e prática. São Paulo: Ática, 1983.
CURY, Maria Zilda Ferreira; FONSECA, Maria Nazareth Soares; WALTY, Ivete Lara Camargos. Palavra e imagem – leituras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
ECO, Umberto. A obra aberta. Tradução de Sebastião Uchoa Leite. São Paulo:Perspectiva, 1976.
_____.Seis passeios pelos bosques da ficção. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Cia. Das Letras, 1994.
FREIRE, Paulo, A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1988.
JAUSS, H. R. A História da Literatura como provocação à teoria literária. São Paulo:Ática, 1994.
OSTROWER, Fayga. A sensibilidade do intelecto: visões paralelas do espaço e tempo na arte e na ciência. Rio de Janeiro: Campus, 1998. Petrópolis: Vozes, 1986.
MAINGUENEAU, Dominique. Pragmática para o discurso literário. São Paulo; Martins Fontes.
_____. Termo – Chave da Análise do Discurso. Belo Horizonte, UFMG.

8. Registro Reflexivo
Escrever suas impressões sobre o encontro.

Texto entregue pela professora Sônia:

Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal
EAPE/GMULT/NBL (Fone- 3901-4354) - Professora – Sonia Maria Soares
Leitura: Dialogismo e Horizonte de Experiências (2ª etapa)
I- Reflexão Inicial
Segundo Ezequiel Teodoro, são os protocolos de disciplinamento do leitor que fecham o caminho das abordagens alternativas para um ensino concreto nos ambientes escolares. Mais especificamente, os estudantes são levados a “repetir” e até mesmo a memorizar, sem compreender objetivamente, os sentidos preestabelecidos pela instituição, geralmente na forma de cópias literais a partir da convivência alienada com os livros didáticos ou com textos sem nenhuma significação social para as turmas de alunos.
Quando Roger Chatier afirma que ler é “apropriar-se do, inventar e produzir” significados, ele apenas reforça a idéia de que ler não é apenas repetir, traduzir, memorizar e/ou copiar idéias (leitura, vocabulário, questionário, gramática e redação) transmitidas pelos diferentes tipos de textos. De fato, há consenso entre os pedagogos progressistas, desde Freinet até Paulo Freire, de que a leitura é recriação, reescritura, interação criativa entre o leitor, a palavra e o mundo.
Em termos gerais, no vai-e-vem texto/contexto, isoladamente ou junto com os colegas de classe, sob a orientação segura do professor, o aluno vai percebendo e compreendendo as relações possíveis e, mais do que isso, vai “cavoucando” melhor as contradições existentes no plano da realidade social e percebendo as múltiplas configurações textuais e as múltiplas formas de se ler em sociedade.
Para aprofundar a reflexão relativa à natureza do ato de ler, é necessário considerar que se trata, simultaneamente, de uma experiência individual única e de uma experiência interpessoal profunda e intensa, um exercício dialógico ímpar, pois entre leitor e texto desencadeia-se um processo discursivo de decifração, interpretação, reflexão e reavaliação de conceitos absolutamente renovados a cada leitura.
O universo discursivo, no qual estamos inseridos pela leitura e pela escrita, tem um princípio dialógico inerente a si mesmo de três ordens:

a) É dialógico porque a enunciação tem uma orientação social, é orientada para o outro e é por ele determinada. Escrevo para o outro que, por sua vez, orienta e conduz o que escrevo e a maneira como escrevo.
b) É dialógico porque sua compreensão depende de formulação ativa de resposta, que é a participação e a inserção do outro no diálogo que proponho. Quando leio formulo respostas.
c) É dialógico porque é essencialmente polifônico. Não há discurso solitário, todos os discursos, todos os enunciados são permeados por outras vozes que atravessam a leitura e a escrita. Cada texto traz o eco e faz repercutir as várias vozes que o constituíram através da história.
II- Método de Leitura/Estratégias de Leitura
O texto é, antes de tudo, uma imagem. A imagem vale-se da dimensão estética :

A) Plano de Expressão (informação visual/co-textuais): informações sensórias, constituintes cromáticos, constituintes fônicos/extrato fônico (aliteração, assonância, eco, onomatopéia etc); elementos lingüísticos (metáforas, metonímias, neologismos, trocadilhos, exploração do signo lingüístico, paralelismo etc); outras linguagens (quadrinhos, cinema, câmera etc).
B) Plano do Conteúdo (informação não-visual/elementos contextuais

III – Sistemas semióticos
Para que o mundo ficcional/artístico venha a existir, é necessário haver um leitor que reconheça os códigos utilizados, que tenha expectativas culturalmente determinadas.O leitor precisa reconhecer os códigos utilizados. Satisfeitas essas exigências, têm-se, então, as condições propícias para a gênese do sentido. Mas o novo sistema só se torna semiótico, isto é, só é capaz de significar, a partir do encontro dos objetos com a mente que os interpretam (horizontes de experiências).

Linhas de leitura:
A) Relativista – cada leitor traz consigo o sentido do texto, que serviria apenas como pretexto para suas idéias e gostos.
B) Fundamentalista – tendência que localiza o significado no texto, o qual concretizaria, assim, a intenção do autor.
Devido a seus aspectos, tanto positivos quanto negativos, ambas as posições apresentam divergências irreconciliáveis, deixando em aberto a questão do que acontece ao lermos um texto. Para resolver o impasse entre sujeito e objeto (filme, música, livro, fotografia etc) adotamos um ponto de vista semiótico.
C) Semiótico – o sentido do texto não está só nele, nem só na mente do leitor, mas surge do encontro da mente com o texto, influenciado por variáveis individuais e culturais.
Aplicação: Poema Visual – Sérgio Caparreli

IV – Atividade Prática (em grupo): aplicação da metodologia e linha de leitura
Agora é sua vez, professor!
Analise o livro dado a partir do roteiro abaixo:
- Projeto gráfico e ilustrações
- Material empregado
- Linguagem
- Elementos co-textuais e contextuais
- Abordagem: literária, existencial, sociológica, filosófica, intertextual etc.
A) De fora da arca – texto de Ana Maria machado / ilustrações Laurent Cardon (ed. Ática)
B) A caminho de casa – texto de Libby Hathorn / ilustrações de Gregory Rogers (ed. Martins Fontes)

Referências Bibliográficas
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
CHEVALIER, Jean. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1997.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura infantil – teoria e prática. São Paulo: Ática, 1983.
CURY, Maria Zilda Ferreira; FONSECA, Maria Nazareth Soares; WALTY, Ivete Lara Camargos. Palavra e imagem – leituras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
ECO, Umberto. A obra aberta. Tradução de Sebastião Uchoa Leite. São Paulo:Perspectiva, 1976.
_____.Seis passeios pelos bosques da ficção. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Cia. Das Letras, 1994.
FREIRE, Paulo, A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1988.
JAUSS, H. R. A História da Literatura como provocação à teoria literária. São Paulo:Ática, 1994.
OSTROWER, Fayga. A sensibilidade do intelecto: visões paralelas do espaço e tempo na arte e na ciência. Rio de Janeiro: Campus, 1998. Petrópolis: Vozes, 1986.
MAINGUENEAU, Dominique. Pragmática para o discurso literário. São Paulo; Martins Fontes.
_____. Termo – Chave da Análise do Discurso. Belo Horizonte, UFMG.

Nono Encontro, 05 de junho

Planejamento do Encontro:
ALFABETIZAÇÃO e LINGUAGEM – MÓDULO 2
9º Planejamento – 05 de junho

FORMAÇÃO CONTINUADA

"Nas últimas décadas do séc. XX, a visão filosófica do mundo mudou. A transformação se deu não só no campo físico, mas também no social. A visão agora está voltada para o processual, o refazer constante, o inusitado, cujas bases são a integração e a busca de significação das idéias relacionadas com os contextos históricos e culturais das sociedades, tudo calcado numa nova perspectiva humanista, onde o centro é o desenvolvimento das potencialidades positivas do ser humano."
Currículo da Educação Básica

OBJETIVOS DO ENCONTRO:
Refletir e discutir o Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal – Ensino Fundamental

PROGRAMAÇÃO

1. REDE DE EXPERIÊNCIAS
Ciclo de Palestras/Oficina de idéias: professor Henrique Huelva – UnB; professora Jane Farias – material Sabor Educação; professoras Maria Carla e Rosane – CIL-PP professora Rosineide - UnB

2. APROFUNDAMENTO
Currículo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio

3. Trabalho Pessoal – A ser desenvolvido para o Portfólio
Quais alterações você sugere no Currículo do Ensino Fundamental para melhor adequação à atual realidade?

4. Para Saber Mais...
Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal – Ensino Fundamental
Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal – Ensino Médio
http://www.mec.gov.br/

5. Registro Reflexivo
Escrever sobre o encontro.

Oficina: Refletindo sobre Interdisciplinaridade

Oficina oferecida aos professores da Zona Rural (02/06) e da EJA (16/06),
no auditório da DRE-Gama:




1º momento:


2º momento:
dinâmicas do complemento e do desafio

3º momento:

conversa sobre interdisciplinaridade. O que é? A diferença entre inter, mult, pluri e transdiciplinaridade. O que é disciplina? Interdisciplinaridade escolar e mediação pedagógica.

O trabalho interdisciplinar se constroi em parceria.

Ivani Fazenda

Primeiro Passo:

Oitavo Encontro - I Fórum, 27 de maio

I Fórum
O Grande Encontro: proseando sobre a construção de textos e ilustrações
André Neves e Jonas Ribeiro

Conhecendo os autores...

Jonas Ribeiro é formado em Letras pela PUC-SP. Inscrito nos Projetos "O Escritor Na Cidade" (SEC - Secretaria de Estado da Cultura - SP) e “O Escritor Nas Bibliotecas” (SMC – Secretaria Municipal de Cultura – SP). Já percorreu mais de 650 escolas das redes pública e particular, contando histórias, ministrando cursos e divulgando seus mais de 70 livros já publicados.
Visite o site e aprecie mais: http://roedoresdelivros.blogspot.com/2007/09/novo-site-de-jonas-ribeiro.html

André Neves é natural de Recife, mas atualmente mora em Porto Alegre, onde trabalha pesquisando, escrevendo e ilustrando livros infantis.
Visite o site e veja a beleza de seus livros: http://confabulandoimagens.blogspot.com/

CONVITE:

I FÓRUM
BIA E LÍNGUA PORTUGUESA
Curso CFORM : Alfabetização e Linguagem - Módulos 1 e 2

Grande Encontro:
JONAS RIBEIRO E ANDRÉ NEVES
Proseando sobre a construção de textos e ilustração

Data: 27 de maio, terça-feira
Local: Igreja Sara Nossa Terra – QNSW 04 LOTES 07/08 – SUDOESTE (após Setor de Oficinas)
Horário: 8h 30 às 11h ou
14h às 17h

Você não pode perder esse momento de LITERATURA VIVA!!

Planejamento do Encontro:
ALFABETIZAÇÃO e LINGUAGEM – MÓDULO 2
8º Planejamento – 27de maio

FORMAÇÃO CONTINUADA

"Todo livro é um grande encontro."
Jonas Ribeiro

OBJETIVOS DO ENCONTRO:
§ Refletir sobre a leitura da escrita e leitura da imagem.

PROGRAMAÇÃO

1. LEITURA COMPARTILHADA
Vídeo: Só peço a Deus
Apresentação grupo Vaga-Lume – histórias: Bruxa Cremilda e seus batons magnéticos e Poesias de dar água na boca, Jonas Ribeiro.

2. SOCIALIZAÇÃO
Apresentação Jonas Ribeiro e André Neves por Íris (distribuidora Arco-Íris)
Histórias contadas por Jonas Ribeiro: Deu Faniquito no Mosquito Frederico, A viagem da saudade, A cor da fome

3. REDE DE EXPERIÊNCIAS
· Relato de como Jonas Ribeiro e André Neves se encontraram e como trabalham.

4. APROFUNDAMENTO
· Intelecção da criança – Jonas Ribeiro
· Educação do olhar, proposta visual do livro de literatura – André Neves

5. AVALIAÇÃO
§ Eu avalio que...

5. Trabalho Pessoal – A ser desenvolvido para o Portfólio

Como trabalhar o livro de literatura na sala de aula? Como a imagem pode ser explorada?

6. Para Saber Mais...
http://www.jonasescritor.com.br/
http://confabulandoimagens.blogspot.com/

7. Registro Reflexivo
Escrever suas impressões sobre o encontro.

André Neves e a poesia de Zé da Luz:
Fotos:



terça-feira, 5 de agosto de 2008

Sétimo Encontro, 15 de maio

Encontro realizado na Oficina Pedagógica do Gama juntamente com os cursistas da Arte de Contar Histórias sobre:

Leitura: dialogismo e horizontes de experiências

com a professora Sônia Soares - GMult





Planejamento do Encontro:
ALFABETIZAÇÃO e LINGUAGEM – MÓDULO 2
7º Planejamento – 15 de maio

FORMAÇÃO CONTINUADA

"Cada um lê com os olhos que tem
e interpreta a partir de onde os pés pisam."
Frei Leonardo Boff

OBJETIVOS DO ENCONTRO:
§ Refletir sobre o que é texto. Discutir sobre a linguagem, leitura, dialogismo e horizontes de experiências.

PROGRAMAÇÃO

1. LEITURA COMPARTILHADA
A lenda de Aracne

2. SOCIALIZAÇÃO
Retomada das discussões do fascículo 1.

3. REDE DE EXPERIÊNCIAS
· Os horizontes de quem escreve e de quem lê
· Experiências prévias

4. APROFUNDAMENTO
· Dialogismo e estética da recepção
· Texto não-verbal: imagem propaganda Campari, Perfume do Boticário, seriado Hoje é dia de Maria
· Plano de expressão e plano de conteúdo do texto

5. AVALIAÇÃO
§ O que eu gostei?
§ O que eu critico?
§ O que eu sugiro?

5. Trabalho Pessoal – A ser desenvolvido para o Portfólio
· Como você tacharia "O Show" de um aluno de 7ª série? É um texto? Incoerente? Sem sentido? Há elementos lingüísticos estabelecendo elos entre as informações?

6. Para Saber Mais...
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
CHEVALIER, Jean. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1997.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura infantil – teoria e prática. São Paulo: Ática, 1983.
CURY, Maria Zilda Ferreira; FONSECA, Maria Nazareth Soares; WALTY, Ivete Lara Camargos. Palavra e imagem – leituras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
ECO, Umberto. A obra aberta. Tradução de Sebastião Uchoa Leite. São Paulo:Perspectiva, 1976.
_____.Seis passeios pelos bosques da ficção. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Cia. Das Letras, 1994.
FREIRE, Paulo, A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1988.
JAUSS, H. R. A História da Literatura como provocação à teoria literária. São Paulo:Ática, 1994.
OSTROWER, Fayga. A sensibilidade do intelecto: visões paralelas do espaço e tempo na arte e na ciência. Rio de Janeiro: Campus, 1998. Petrópolis: Vozes, 1986.
MAINGUENEAU, Dominique. Pragmática para o discurso literário. São Paulo; Martins Fontes.
_____. Termo – Chave da Análise do Discurso. Belo Horizonte, UFMG.

7. Registro Reflexivo
Escrever avaliando o encontro.

Apostila entregue pela professora Sônia Soares:

Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal
GMULT/NBL
DRE – Gama
Professora – Sonia Soares

1º - ENCONTRO
Tema - Leitura: dialogismo e horizontes de experiências

1.- Interação (A lenda de Aracne)
1.1- Texto Verbal (aplicação de uma metodologia)

“Andorinha no coqueiro
Sabiá na beira-mar
Andorinha vai e volta
Meu amor não quer voltar.”

Os horizontes de quem escreve e os de quem lê podem estar mais ou menos próximos. Os horizontes de um leitor e de outro podem estar mais ou menos próximos. As leituras produzem interpretações que levam a avaliações que revelam posições: pode-se ou não concordar com o quadro de valores sustentados ou sugeridos pelo texto.
A análise da trova confirma o pensamento de Boff.

Trova:
Poesia popular simples, em forma de quadra (quarteto) versos heptassílabos; freqüentemente com rimas no segundo e quarto versos.

· Qualquer pessoa/criança que tenha fluência para decifrar os sinais da escrita, pode ler sozinha esse texto; ou poderia ouvi-lo por meio de outros e decifrá-lo.
· Qualquer um que soubesse ler e conhecesse o que as palavras significam estaria apto a dizer em que lugar estão a andorinha e o sabiá, qual dos dois pássaros vai e volta e quem não quer voltar. Mas, será que a resposta a estas questões bastaria para assegurar que a trova foi compreendida?
A compreensão vai depender, também, e muito, do que o leitor já souber sobre pássaros e amores; vai depender do horizonte de experiências do ouvinte-leitor.
Lemos o que está nos intervalos entre as palavras, nas entrelinhas, lemos, portanto, o que não está escrito.

1. Eu poético
Existe um “eu” que associa pássaros à pessoa amada
Ele observa que as andorinhas migram (“vão e voltam”), mas seu amor foi e não voltou.
Apesar de não estar explícita, percebemos a comparação entre a andorinha e a pessoa amada – ambas partiram em um dado momento.
O assunto da trova é “o relacionamento amoroso”, “a dor-de-cotovelo” pelo abandono.

2. Experiências prévias (vivida pessoalmente ou vivida através da ficção):
Diferentes emoções podem ser suscitadas
Alívio por estarmos próximos de quem amamos
Cumplicidade por estarmos distantes de quem amamos
Desilusão por não acreditarmos mais no amor
Esperança de encontrar alguém diferente...

3. O texto não responde às indagações “meu amor não quer voltar” e “quem é esse eu”:
Por que ele não quer voltar?
O que teria provocado a separação? (Distância? Medo? Imposição do querer? Controle?)
O amor acabou?
Apaixonou-se por outra ou por outro?
Outros projetos de vida foram mais fortes que o amor; os estudos, a carreira...?
Eu feminino ou eu masculino?

Está instalada a polêmica das diversas vozes que circulam nas práticas sociais. Estamos falando em teoria do Dialogismo e da Estética da recepção.

1.2- Texto Não-Verbal (imagem As botas / Campari / Perfume do Boticário e imagem do seriado Hoje é dia de Maria)

“Todo texto constitui em si mesmo uma imagem, uma superfície exposta ao olhar”
(Maingueneau)

O que é um texto?

O texto é, antes de tudo, uma imagem!
A imagem vale-se de letras e desenhos – elementos verbais e não-verbais.

INFORMAÇÃO VISUAL
INFORMAÇÃO NÃO-VISUAL
LEITURA

(através dos olhos) LEITURA (por detrás dos olhos)

BERIMBAU
(Manuel Bandeira)

Os aguapés dos aguaçais
Nos igapós dos Japurás
Bolem, bolem, bolem.
Chama o saci: - Si si si si!

- Ui ui ui ui ui! uiva a iara

Nos aguaçais dos igapós
Dos Japurás e dos Purus.
A mameluca é uma maluca.
Saiu sozinha da maloca
O boto bate – bite bite...
Quem ofendeu a mameluca?

- Foi o boto!

O Cussaruim bota quebrantos.
Nos aguaçais os aguapés

- Cruz, canhoto!

Bolem... Peraus dos Japurás
De assombramentos e de espantos!...

PLANO DE EXPRESSÃO - Aspectos estéticos e formais, Recursos gráfico-visuais,Elementos lingüísticos - PLANO DO CONTEÚDO

O Show

O cartaz
O desejo

O pai
O dinheiro
O ingresso

O dia
A preparação
A ida

O estádio
A multidão
A expectativa

A música
A vibração
A participação

O fim
A volta
O vazio

Como você tacharia “O Show” de um aluno de 7ª série? É um texto? Incoerente? Sem sentido? Há elementos lingüísticos estabelecendo elos entre as informações?

O texto é uma unidade de sentido, pressupõe interação e comunicação.

Segundo o teórico russo Mikhail Baktin, a linguagem é, por natureza, dialógica, isto é, sempre estabelece o diálogo entre pelo menos dois seres, dois discursos, duas palavras.
Diz Bakhtin:

Os enunciados não são indiferentes uns aos outros, nem auto-suficientes; são mutuamente conscientes e refletem um ao outro... Cada enunciado é pleno de ecos e reverberações de outros enunciados, com os quais se relaciona pela comunhão da esfera da comunicação verbal [...]. Cada enunciado refuta, confirma, completa e depende dos outros; pressupõe que já são conhecidos, e de alguma forma os leva em conta.
Assim, toda interação pressupõe uma relação de reciprocidade, uma ação mútua entre dois ou mais objetos, entre duas ou mais pessoas.


O que é o leitor?
Receita de um leitor ideal (trabalhar com a faculdade de imaginar // música ao fundo “Aquarela” de Toquinho)

O leitor para o cronista seria aquele a quem bastasse uma frase,
Uma frase? Que digo? Uma palavra!
O cronista escolheria a palavra do dia: “Árvore”, por exemplo,
ou “Menina”.
Escreveria essa palavra bem no meio da página, com espaço
em branco para todos os lados, como um campo aberto aos devaneios
do leitor.
Imaginem só uma meninazinha solta no meio da página.
Sem mais nada
Até sem nome.
Sem cor de vestido nem de olhos.
Sem se saber para onde ia...
Que mundo de sugestões e de poesia para o leitor!
E que cúmulo de arte a crônica! Pois bem sabeis que arte é
Sugestão...
E se o leitor nada conseguisse tirar dessa obra-prima, poderia o
Autor alegar, cavilosamente, que a culpa não era do cronista.
Mas nem tudo estaria perdido para esse hipotético leitor
Fracassado, porque ele teria sempre à sua disposição, na página,
Um considerável espaço em branco para tomar seus
Apontamentos, fazer os seus cálculos ou a sua fezinha...
Em todo caso, eu lhe dou de presente, hoje, a palavra “Ventania”.
Serve?
QUINTANA, Mário. Poesia Completa. Rio de Janeiro, Editora Nova Aguillar, 2005.

Estratégias de leitura (imagens do livro OH!)

“Cada um lê com os olhos que tem
E interpreta a partir de onde os pés pisam.”
(Frei Leonardo Boff)

O leitor ativa algumas estratégias em relação à imagem no papel (na tela, no cartaz etc.):

- Seleção
- Inferência
- Antecipação
- Verificação

Estratégia de Seleção - tem a ver com os elementos imagéticos ou verbais que você escolhe e ativa para criar significação.
Estratégia da Inferência - tem a ver com o que você imagina que possa ser a informação fornecida a partir dos dados que dispõe sob o olhar.
Estratégia da Antecipação – tem a ver com a sua previsão ou hipótese de um sentido possível imaginado por você.
Estratégia de Verificação – é quando você busca indícios que comprovem, na situação de comunicação, que você está certo (a) em relação ao sentido construído/imaginado por você.

2º dia -Aplicação das estratégias de leitura na obra “De fora da Arca” (Ana Maria machado e Laurent Cardon)

QUEM FEZ A ARCA?
(domínio público/ versão de Ana Maria Machado)

Quem fez a Arca?
Noé, Noé...
Quem fez a Arca...
Foi Noé quem fez a arca
Lá vêm os bichos, dois a dois
Uns comem carne, outros comem arroz...
Lá vem os bichos, quatro a quatro,
Uns chegam do campo, outros saem do mato...
Quem fez a Arca?
Noé, Noé...

Quem fez a Arca...
Foi Noé quem fez a arca
Lá vêm os bichos, seis a seis,
Uns chegam ligeiros
Outros levam um mês...

Quem fez a Arca?
Noé, Noé...
Quem fez a Arca...
Foi Noé quem fez a arca
Lá vêm os bichos, oito a oito,
Vão ficando tão cheio que nem
cabe um biscoito...

Quem fez a Arca?
Noé, Noé...
Quem fez a Arca...
Foi Noé quem fez a arca
Lá vêm os bichos, dez a dez,
Uns vêm aos pulinhos, uns se
Arrastam sem pés..

Quem fez a Arca?
Noé, Noé...
Quem fez a Arca...
Foi Noé quem fez a arca
Lá vêm os bichos, doze a doze,
Uns se descabelam, outros nem
perdem a pose.

Observação:

Cada texto constitui uma proposta de significação que não está inteiramente construída. A significação se dá no jogo de olhares entre o texto e o seu destinatário (horizonte de experiências/ conhecimento prévio).

2º Encontro – Obras infanto-juvenis (12/06/2008)

Sexto Encontro, 08 de maio

Leitura compartilhada:

Regionalismo

O regionalismo não é uma linguagem regional, que o inutilizaria,
mas falar de problemas que estão mais próximos da pessoa que fala:
a dor do homem, a alegria, as suas lutas e as suas belezas etc. Não,
é claro, com a limitação de uma linguagem local, que inutiliza a
expressão universal e a transmissão objetiva do conteúdo humano
do poema ou do romance. (...) Apenas com aquele interesse intrínseco
do humano, na valorização do humano. O que limita o regionalismo
não é o tema de interesse circunscrito, mas a linguagem,
com seus perigos de fixação que lhe poderá inutilizar a universalidade.
(...) O que interessa é o problema do homem. Quando me
bato pelo regionalismo é para mostrar, numa anedota, o local, os
sentimentos comuns a todos os homens. O homem só é amplamente
homem quando é regional. Se me tirar a estrutura ideológica do
pernambucano, eu nada sou. Faulkner, por exemplo, é profundamente
universal porque é regional e nacional. (...) O perigo do
regionalismo para o poeta é também a limitação da linguagem,
porque o conteúdo psicológico lá está indiretamente no seu conteúdo
humano. E a poesia, em geral, não é realista, ou melhor, não
permite tanto realismo como o romance.


JOÃO CABRAL DE MELO NETO,
entrevista a Marques Gastão,
Diário de Lisboa, Lisboa, 3 de maio de 1958.
Incluído em Idéias Fixas de João Cabral de Melo Neto,
de Feliz de Athayde (p. 85 e 86).
Mensagem:

Planejamento do Encontro:
GDF – SE - SUBEP
ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

ALFABETIZAÇÃO e LINGUAGEM – MÓDULO 2
6 º Planejamento – 08 de maio

FORMAÇÃO CONTINUADA

“As línguas se transformam, mudam nem pra melhor, nem pra pior, simplesmente mudam.”
Marcos Bagno

OBJETIVOS DO ENCONTRO:
§ Refletir sobre as implicações da variação lingüística e a prática pedagógica.

PROGRAMAÇÃO

1. LEITURA COMPARTILHADA
Texto: Regionalismo (vespertino)
Dinâmica: pra quem você tira o chapéu (matutino), dança das cadeiras em que todos têm que sentar de alguma maneira (vespertino)

2. SOCIALIZAÇÃO
§ Vídeo: trabalho em equipe
§ Retomada do encontro anterior.

3. REDE DE EXPERIÊNCIAS
§ Experiências da aplicação de atividades em sala de aula.

4. APROFUNDAMENTO
§ Leitura da entrevista “É preciso acabar com a cultura do erro”, com Marcos Bagno para a revista Caros Amigos - fevereiro de 2008

5. AVALIAÇÃO
§ O que eu gostei?
§ O que eu critico?
§ O que eu sugiro?

Para Saber Mais...
# BAGNO, Marcos. Nada na Língua é por Acaso: por uma pedagogia da variação lingüística. São Paulo: Parábola Editoria, 2007.
# BAGNO, Marcos. “É preciso acabar com a cultura do erro” – entrevista para a revista Caros Amigos – fevereiro 2008.
# BRASIL. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciclos do Ensino Fundamental – Língua Portuguesa, MEC/SEF.

7.Trabalho pessoal – a ser desenvolvido para o Portifólio
Quais as implicações da variação lingüística para o trabalho em sala de aula? Como trabalhar o “erro”?

8. Registro Reflexivo
Escrever avaliando o encontro e como você acha que a variação lingüística deve ser trabalhada em sala de aula.

Entrevista: